Artigo postado no site http://cev.org.br/ - comunidade Futsal.
Eu fui um dos que comentaram que nenhum sistema de ataque é "imarcável", mas confesso que tenho que me render e concordar com as colocações do prof. Wilton que discute se nas categorias "menores" o goleiro-linha é mais fácil de marcar, e eu ilustro com o fato que presenciei há poucas semanas atrás.
Fui assistir a final do campeonato paulista adulto feminino entre as equipes Kurdana/Cotia e Palmeiras/Jaguaré. Na primeira etapa do jogo o domínio da equipe Palmeiras foi notório dando a impressão que o jogo estava totalmente controlado. Na segunda etapa a equipe Kurdana, já no primeiro minuto, iniciou com goleiro linha e assim permaneceu o tempo todo, mudando totalmente a história do jogo, o volume de jogo passou totalmente para a equipe de Cotia, ficando o Palmeiras só se defendendo, tentando nos 20 minutos restantes manter o placar favorável. Para resumir a história, a equipe Kurdana, num fato não esperado, visto que a equipe do Palmeiras tem no seu elenco muitas jogadoras recém-campeãs mundiais pela seleção brasileira, sagrou-se campeã paulista de 2010.
No adulto o goleiro linha faz muita diferença, creio que por este motivo a regra deve ser alterada futuramente, mas nas categorias abaixo, tenho visto sim muitos treinadores expondo suas equipes numa situação em que os atletas não estão preparados emocionalmente para executa-la.
O prof. Marco Antonio (Batata) relata o porquê com as seguintes afirmações:
Situação alto risco (medo);
Sofrendo gol (insegurança);
Ter que recuperar resultado (estresse);
Grau de responsabilidade é elevado (estresse);
Falta de qualidade técnica individual (insegurança);
Conscientizar a equipe que o passe é o principal recurso a ser utilizado (mentalidade conservadora).
Em se confirmando a alteração nas regras quanto ao goleiro-linha, creio e espero que os treinadores vão ser desestimulados a implementar esta manobra nas categorias iniciantes, ou não.
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