5 de julho de 2011

TODOS CONTRA UM - 2

Nesta marcação, TODOS CONTRA UM, de defensor passa-se a atacar a bola o tempo todo, e o  adversário de atacante passa a defender a posse de bola o tempo todo, resumindo, quem defende na verdade está atacando e quem pensa que está atacando de fato está defendendo.

Liberta-se  a equipe das amarras que a prenderiam à equipe adversária e às suas intenções ofensivas, para, desta forma, libertar a mesma para jogar segundo os seus princípios de jogo. No fundo assumir sua identidade.
Guilherme Oliveira (2004) sugere que ao se organizar desta forma pode-se escolher a forma ou formato  de se defender, segundo este autor, conhecendo os pontos fortes e fracos da própria equipe e do adversário, pode-se tentar condicionar o jogo do adversário, no sentido de o levar a fazer aquilo que, para quem defende, é mais conveniente.
Valdano (2002, p. 142) se refere a equipe que defendia neste formato: Assim, o adversário tinha a bola MAS, na realidade, eram VÍTIMAS transportadas calmamente até uma lateral e aí: "nham, nham, se los comían".
Diferente da marcação zona que em muitas vezes, não toda, sua preocupação principal é não sofrer gols, o defender é um fim em sí mesmo, e no sistema TODOS CONTRA UM, a principal intenção é a de conquistar o "tesouro" do jogo, ou seja, aquilo que nos permitirá tentar assumir as rédeas e, tanto quanto possível, o desenrolar do jogo, ou seja, a BOLA (Mendonça, 2010 p. 37).

2 de julho de 2011

MARCAÇÃO - TODOS CONTRA UM.

“Tu me sigues, pêro vas donde yo quiero” (Valdano, 2002, p. 141).

“Se a marcação ao homem torna a defesa num prisioneiro, a marcação à zona liberta o jogador.” (Lobo, 2004).

Citando Amieiro (2004), aponta-nos na “zona” a equipe estará menos dependente possível das ações do adversário.

Mendonça (2010) Ao libertar os jogadores da perseguição ao adversário e de possíveis “armadilhas”, a defesa por zona parece ser, assim, a única forma de organização defensiva que pode garantir a possiblidade de uma constante superioridade posicional, temporal e numérica nos espaços vitais do jogo.

Com base nas afirmações acima, mesmo na marcação “zona”, quando um adversário entra no espaço que determinado defensor é responsável ele, segundo os princípios deste sistema defensivo, estará de certa forma, “preso” a este jogador.

Já, penso eu, que na marcação TODOS CONTRA UM, a grande preocupação sempre será com o jogador de posse de bola, sempre o mais próximo o aborda passivamente ou ativamente, e os demais que compõe este sistema, se posicionam de tal forma que todas as possibilidades de passe ofensivo aos seus apoiadores sejam cerceadas. E se for utilizado a linha lateral como parede, delimitando o raio de ação do atleta de posse de bola, creio que as dobras serão viáveis com uma margem de segurança ainda maior, tornando o sistema ainda mais eficiente.